Praça da Catedral

     Nas cidades, as praças são órgãos de importância vital, pois exercem funções materiais e simbólicas. No plano simbólico, remetem a aspectos da vida coletiva e às vivências cívicas. As praças também são espaços do poder, pois nelas, geralmente, estão os edifícios da administração pública e os monumentos. O imaginário político sempre concebe a praça como local de manifestação das massas. Assim tem sido ao longo das épocas.  

    Os centros das cidades brasileiras são ricos em história, regionalismos, monumentos e detalhes que os configuram como um potencial atrativo sociocultural. Aracaju não foge à regra e por ter uma peculiaridade entre as capitais nordestinas (origina-se à beira-rio e não à beira-mar, juntamente com João Pessoa) a região central é agraciada com prédios históricos tombados, centros culturais, boa infraestrutura... tudo isso ao frescor da brisa do rio Sergipe.

 Praça da Catedral (Olímpio Campos) em 1926

    A área destinada especificamente a Praça da Catedral (ou Praça Olímpio Campos) era um local extremamente alagado, contendo diversos minadores. Conta-se também que antigamente, onde hoje chamamos de Avenida Ivo do Prado, era a Rua da Aurora, rua que serviu de base para que se projetassem todas as outras do centro da cidade, formando um tabuleiro de xadrez, tendo como centro a região onde hoje é especificamente esta praça.

      No ano de 1862 inicia-se a construção da Igreja Nossa Senhora da Conceição. Em 28 de dezembro de 1875, portanto 13 anos mais tarde, ela foi concluída. Em 3 de janeiro de 1910, com a criação da Diocese, torna-se Catedral. Sua arquitetura está ligada aos elementos marcantes do neoclassicismo e do neogótico com arcos orgivais. Foi tombado pelo decreto de número 6819, de 28 de janeiro de 1985.

Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição atualmente

     No ano de 1916 foi erguida a estátua de Monsenhor Olímpio Campos, que foi presidente do Estado de Sergipe de 1899 a 1902, além de senador (de 1903 a 1906) e deputado federal e provincial. Em 1928, na Administração do Intendente da Capital, Coronel Teófilo Correia Dantas, foi inaugurado o "Parque Teófilo Dantas", que acabou tornando-se um dos mais importantes logradouros de Aracaju.

Estátua do Monsenhor Olímpio Campos

      A Praça Olímpio Campos, além de seu lado religioso, também teve o seu lado festivo, com Carnaval, Festas Juninas, Festas de Natal e de Ano Novo. Em 1955, na ocasião da comemoração do Centenário de Aracaju (1855-1955), a Praça Olímpio Campos foi palco de grandes festividades. Atualmente a Praça da Catedral e o Parque Teófilo Dantas abrigam uma feira de artesanato. 

Feira de Artesanato na Praça da Catedral
Por Larissa Nascimento e Luísa Barros.

REFERÊNCIAS

Praça Olímpio Campos e Parque Teófilo Dantas, disponível em <http://aracajuantigga.blogspot.com.br/2009/09/praca-olimpio-campos-e-parque-teofilo.html> Acesso em 27 fev. 2018.
Praças de Aracaju: o que os nomes revelam?, disponível em <http://www.ufs.br/conteudo/3166-pra-as-de-aracaju--o-que-os-se> Acesso em 13 mar. 2018.
Olímpio Campos, disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ol%C3%ADmpio_Campos> Acesso em 13 mar. 2018.
Catedral Arquidiocesana Nossa Senhora da Conceição, disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_Arquidiocesana_Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o> Acesso em 13 mar. 2018.
Aracaju (SE) - Prédios tombados e sergipanidade, disponível em <http://www.infonet.com.br/blogs/silviooliveira/ler.asp?id=202847> Acesso em 14 mar. 2018.


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