José Maria Fontes
Vida e Obra
José Maria Fontes nasceu em Riachuelo, município de Sergipe, em 26 de junho de 1908, onde iniciou seus estudos antes de se mudar a Aracaju para fazer o Ensino Médio. Morreu em agosto de 1994, em Aracaju.
Na capital do Estado, o autor exerceu atividades relacionadas ao jornalismo como fundador e diretor de alguns jornais, mas também realizou outras profissões como a de funcionário público na área de saúde e professor de inglês.
Em seus poemas, era clara a influência do modernismo quando ele usava
verbos brancos e os temas relacionados a sociedade. Ele foi um dos realizadores da “Noite da poesia moderna” que aconteceu no Cinema Guarany em 1929.
José Maria Fontes juntamente com o parceiro Abelardo Romero deram início ao modernismo no estado de Sergipe, com suas obras que valorizavam o cotidiano e o sentimento social.
Dentre suas principais obras estão:
• Versos (1952)
• Sonho e Realidade (1955)
• Trinta Poesias Curtas (1959)
Obras
Vista de olhos fechados
Entre o sono e a vigília,
Essa ideal desejada
Toda aberta em sorriso.
Que mulher, e onde a vi,
Não sei, é terna, e sorri sempre
Se é a que me transmite os poemas,
Jamais o hei-de descobrir.
Quando a fitei, num frio anelo
De aprofundá-la, a sua face
Vi entristecer, e a dissipar-se
Voltava ao nada de onde viera.
À porta de um sonho incerto,
Não entra nem sai. Parada,
Me olha, branca, loura e jovem. Perto
E longe – Ó quão longe – a impossível amada.
(Trinta poesias curtas/ 1959)
Sabemos que haverá um dia intimidade
Entre todas as gentes:
- Ideias lançadas como sementes, para uma colheita certa,
A reunião de inexprimíveis pensamentos
Em um só compreensivo sentimento.
- Um clarão de fé, fraternal e vivo, jubiloso e grave, como
A voz dos galos, aclamando, ainda no escuro,
A infalível alvorada...
Todos estão despertos,
Os das cidades, e das fazendas, os das montanhas ou dos vales,
E o eterno sinal se multiplica
Para acordar a terra, em toda terra...
Será como o anúncio mundial de uma nova criação,
Por mil vozes de amor, impondo a Paz e o Bem.
(O realismo social na poesia em Sergipe/ 1960)
Wagner Lemos: Autores sergipanos por ordem alfabética pelo sobrenome de A-G. Disponível em: < http://www.wagnerlemos.com.br/autores.htm>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
CINEMAS DE ARACAJU. Disponível em <http://aracajuantigga.blogspot.com.br/2010/05/cinemas-de-aracaju.html>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
De Oliveira, A. Literatura Sergipana. Disponível em:
<http://literaturasergipana.blogspot.com.br/2013/09/jose-maria-fontes-um-dos-
precursores_1.html>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
Na capital do Estado, o autor exerceu atividades relacionadas ao jornalismo como fundador e diretor de alguns jornais, mas também realizou outras profissões como a de funcionário público na área de saúde e professor de inglês.
Em seus poemas, era clara a influência do modernismo quando ele usava
verbos brancos e os temas relacionados a sociedade. Ele foi um dos realizadores da “Noite da poesia moderna” que aconteceu no Cinema Guarany em 1929.
José Maria Fontes juntamente com o parceiro Abelardo Romero deram início ao modernismo no estado de Sergipe, com suas obras que valorizavam o cotidiano e o sentimento social.
Dentre suas principais obras estão:
• Versos (1952)
• Sonho e Realidade (1955)
• Trinta Poesias Curtas (1959)
Obras
Ela
Vista de olhos fechados
Entre o sono e a vigília,
Essa ideal desejada
Toda aberta em sorriso.
Que mulher, e onde a vi,
Não sei, é terna, e sorri sempre
Se é a que me transmite os poemas,
Jamais o hei-de descobrir.
Quando a fitei, num frio anelo
De aprofundá-la, a sua face
Vi entristecer, e a dissipar-se
Voltava ao nada de onde viera.
À porta de um sonho incerto,
Não entra nem sai. Parada,
Me olha, branca, loura e jovem. Perto
E longe – Ó quão longe – a impossível amada.
(Trinta poesias curtas/ 1959)
Símbolo
Sabemos que haverá um dia intimidade
Entre todas as gentes:
- Ideias lançadas como sementes, para uma colheita certa,
A reunião de inexprimíveis pensamentos
Em um só compreensivo sentimento.
- Um clarão de fé, fraternal e vivo, jubiloso e grave, como
A voz dos galos, aclamando, ainda no escuro,
A infalível alvorada...
Todos estão despertos,
Os das cidades, e das fazendas, os das montanhas ou dos vales,
E o eterno sinal se multiplica
Para acordar a terra, em toda terra...
Será como o anúncio mundial de uma nova criação,
Por mil vozes de amor, impondo a Paz e o Bem.
(O realismo social na poesia em Sergipe/ 1960)
Por Davi Barbosa
Referências bibliográficas
Infonet – O Centenário de um modernista – Por: Luíz Antônio Barreto. Disponível em: <http://www.infonet.com.br/luisantoniobarret/ler.asp?id=74682&titulo=Luis_Antonio_Barreto>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
Wagner Lemos: Autores sergipanos por ordem alfabética pelo sobrenome de A-G. Disponível em: < http://www.wagnerlemos.com.br/autores.htm>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
Mário Cabral. Passos Cabral, O Poeta. Disponível em: <https://seer.ufs.br/index.php/RASL/article/viewFile/7999/6384>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
CINEMAS DE ARACAJU. Disponível em <http://aracajuantigga.blogspot.com.br/2010/05/cinemas-de-aracaju.html>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
De Oliveira, A. Literatura Sergipana. Disponível em:
<http://literaturasergipana.blogspot.com.br/2013/09/jose-maria-fontes-um-dos-
precursores_1.html>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2018.
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